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Pamonhas – O Concurso Perverso

  • 18 de Junho, 2024
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Conto erotico: Três garotas, um momento decisivo. Para a loira Natália, era tudo ou nada. Seus vinte e poucos anos pareciam ter sido vividos numa preparação para isso, para estar ali, naquele micro biquíni vermelho que mais mostrava que escondia, esperando para ver quem seria eliminada.

Já Evangelina, apesar de transparecer uma calma e uma segurança extremas, dissimulava todo o nervosismo e a ansiedade envoltas num modelo semelhante de biquíni amarelo que parecia ser uns dez números menor que o seu corpo moreno.

Por fora, quase como um cavalo azarão, Neidinha, uma negra toda gostosura usando um biquíni verde-limão, havia chegado até ali contrariando todos os prognósticos por ser um pouquinho mais velha que as demais e tremia como se tivesse contraído malária.

O clima de tensão enquanto as garotas aguardavam com sorrisos nos rostos era ampliado pela penumbra ao redor e os holofotes direcionados às três, como se fossem troféus expostos, bem como pela música de suspense que ecoava pelo salão.

Silvia, sentada na primeira fila, roía as unhas longas de tanta expectativa, lembrando-se de todas as vezes em que pressionara sua filha, a quem chamava de Naty, ao longo de todo esse tempo na busca por aquele título. Sim, a menina era torpe e desajeitada, demandou muito esforço de sua parte. Na verdade, esse título seria mais dela que da filha, a quem via como um mero instrumento para conquistar o que lhe fora negado no passado.

Já Madalena, sentada ao lado de Silvia, não tinha a menor dúvida de que a sua Lina seria a escolhida. Ela sabia como as coisas funcionavam e havia tomado as devidas providências para que tudo corresse bem. Tal como ela vencera o concurso fazia tempo, agora sua filha seria a vitoriosa, demonstrando de uma vez por todas a verdadeira superioridade das fêmeas de sua linhagem sobre todas as demais mulheres dali.

Independentemente de quem fosse a ganhadora, Jorginho estava em extasiado com a visão daquelas três jovenzinhas. O concurso ocorria a cada quatro colheitas, já era uma tradição local que seu pai havia começado há mais de vinte anos, mas agora, na ausência do velho, era ele quem comandava tudo e este ano parecia que superaria a todos os anteriores devido à qualidade das candidatas.

Na verdade, Jorginho já era um rapaz de uns vinte e cinco, mas o chamavam assim para diferenciá-lo de seu pai, o Coronel Jorjão. Não obstante a idade, o fato de crescer na fazenda teve mais consequências sobre ele que o físico musculoso e o bronzeado desenvolvido na lida do campo: Jorginho era praticamente um meninão quando o assunto não dizia respeito à plantação de milho, principalmente quando se tratava do sexo oposto.

Assim, desde a banca de jurados, o rapaz suava frio olhando as belas jovens de curvas tentadoras desfilando tendo os minúsculos biquininhos à guisa de roupa: as partes inferiores eram meros cordãozinhos entre aquele festival de nádegas polpudas, enquanto as superiores mal conseguiam esconder os mamilos das garotas.

Nos últimos três dias, vendo as provas do concurso sucederem-se e eliminando as candidatas menos aptas na opinião dos demais jurados, ele assistira a estas meninas em desafios de talentos, de trajes típicos e de personalidade.

Agora só faltava essa prova dos biquínis e, se não ocorresse nenhuma eliminação sumária, no dia seguinte sairia o resultado, logo após uma última prova de vestidos de gala. E durante estes três dias transcorridos, Jorginho mal conseguira conter-se do tanto que se masturbou, só imaginando a tão esperada prova de hoje, quando as garotas apareceriam praticamente nuas.

É bem certo que ele dedicou um bom tempo escolhendo os modelos que biquíni que seriam utilizados na prova, contudo, mesmo sabendo o que lhe aguardava, a imagem extraordinária das jovens desfilando com peitos e bundas praticamente à mostra superava em muito sua imaginação erótica um tanto infantil – e ele quase chegava a babar sobre a mesa do júri.

A essa altura, a única coisa que fazia Jorginho manter o mínimo de compostura ante os presentes no salão era quando desviava o olhar para a primeira fila e notava as mães das duas jovenzinhas.

Não ajudava muito o fato de que Madá piscasse os olhos azuis de longos cílios postiços sensualmente para ele, nem que Silvia passasse a língua sobre os lábios cobertos de brilho sabor morango ao perceber que o rapaz a mirava, mas, mesmo assim, elas eram as mães das garotas e ele sabia que devia comportar-se.

Enquanto os votos dos demais quatro juízes eram computados, Jorginho torcia para que a tal Neidinha continuasse na disputa até o final, pois assim ele não teria que escolher entre Natália e Evangelina – e nem desagradar a uma das mães ali presentes em detrimento da outra.

Sim, Neidinha veio sem acompanhante e, se ela passasse à final do concurso, seria uma saída honrosa para Jorginho – e talvez a única.

O fato é que Jorginho estava numa enrascada e devia evitar a todo custo complicar mais ainda a sua situação. Sim, ele havia assumido compromissos indevidos em relação ao resultado da disputa e, caso os demais quatro membros do júri não se decidissem por uma ganhadora na noite seguinte, caberia a ele o voto de desempate – e, portanto, decidir a quem agradaria e com quem romperia os tais acordos feitos previamente.

E eis que o mestre de cerimônia, um ator pouco conhecido de um canal evangélico da tevê aberta que cobrou um cachê quase miserável para fazer esse bico, começou a falar um monte de baboseira, enrolando, só para aumentar o suspense antes de dizer quem seria a eliminada daquela ronda e quais seriam as duas outras que passariam à etapa final.

“E, infelizmente, a garota que vai nos deixar hoje é… Neidinha! Neidinha, vem aqui, querida! Não fique triste, você teve um ótimo desempenho este ano e sua beleza ainda será reconhecida um dia! Tenho certeza de que eu vou ouvir falar de você no futuro!” – disse ele abraçando a candidata que estava aos prantos e aproveitando para passar a mão na sua bunda por trás, sem que o público notasse.

E lá se foi pelo ralo a última saída de Jorginho, agora só restavam Natália e Evangelina na disputa, uma loira e uma morena, uma mais gostosa que a outra – e ambas acompanhadas de suas respectivas mães, duas coroas que não eram de se jogar fora, a quem Jorginho havia jurado seu voto uns dias antes, quando cada uma delas foi ter secretamente com ele, seduzindo-o e levando o rapaz a cometer loucuras, tudo em busca de fazerem as filhas a ganadoras do maldito consurso.

Lina ou Naty? Naty ou Lina? Era quase impossível chegar a uma conclusão sobre qual das duas seria eleita a Miss Biquini da Pamonharia Daboa, responsável por representar a fábrica em todos os eventos pelos próximos quatro anos!

Madá ou Silvia? Silvia ou Madá? Era igualmente impossível saber qual das duas mães seria capaz de armar o barraco mais escandaloso quando visse suas expectativas frustradas caso não recebessem o voto de Jorginho se ele terminasse tendo que desempatar!

Não, isso não podia ser, um escândalo logo no primeiro ano que seu pai o deixara à cargo do concurso seria muito mal para os negócios e pra ele mesmo, era até capaz do Coronel Jorjão deserdá-lo se aquilo desse errado!

Enquanto o público aplaudia a semi-nudez das duas candidatas restantes, Jorginho se via em apuros, pensando no que fazer. Agora, medidas extremas eram necessárias. Foi então, enquanto as bundinhas duras e empinadas de Naty e Lina passavam rebolando com apenas um fiozinho enterrado entre suas nádegas, que ele teve essa iluminação.

Ele deveria armar o resultado, combinando o voto com os demais juízes!

Dessa maneira, se ao menos três deles escolhessem a mesma garota, o voto de Jorginho nem pesaria na decisão! Melhor ainda, se todos os outros quatro votassem na mesma candidata seria excelente – assim não restariam dúvidas e ele podia até deixar de votar, dizendo que já estava tudo decidido mesmo.

Quando a tão esperada noite do desfile de biquíni terminou, diferentemente do que havia imaginado, Jorginho não foi para sua suíte no Hotel Colonial dedicar-se a bater umazinha relembrando as meninas de biquininho. Agora, o rapaz tinha a missão de buscar os outros jurados e fazê-los votar na mesma garota.

No caminho até a porta, teve que desviar de uma confusão que se armou entre o público, pelo visto a torcida pelas duas últimas candidatas estava acirrada e algumas pessoas menos contidas estavam trocando sopapos. Jorginho ignorou o incidente e foi direto ao Hotel, onde esperaria a chegada dos outros jurados.

O primeiro a chegar foi o seu Pedroca, gerente de marketing da pamonharia, um senhorzinho de uns sessenta anos de rosto amável e jeitão simpático e velho amigo do Coronel Jorjão. O rapaz levou o velhote até o bar e ofereceu-lhe um scotch para descontrair, à medida que entrava no assunto.

– Seu Pedroca, a coisa está difícil, né? Restaram duas garotas lindas no concurso, vai ser uma parada dura decidir que leva!

– Que nada, meu filho. Eu já faço parte do júri há anos, desde a primeira edição. O negócio é sempre assim, tem muita garota bonita querendo ser Miss Daboa.

– Te juro que eu nem imaginava, seu Pedroca. Afinal, é só um concurso de uma pamonharia do interior, ora bolas!

– Você está esquecendo do principal, meu filho. A vencedora leva um contrato com salário por quatro anos só pra aparecer sorrindo nos eventos e ter a chance de descolar coisa melhor. Para muita menina daqui, esse contrato vale ouro!

– Sério mesmo? Eu não tinha pensado por este lado…

– Tem mais. Você sabe o que acontece com a segunda colocada, não é? Acho uma injustiça, mas são coisas da vida. Enfim, mais difícil que escolher quem vai ganhar é decidir quem não vai. E é por isso que você tem que pensar bem em quem vai votar.

– A segunda colocada? Mas o que acontece com a candidata que não leva o título?

– Ora meu filho… Você não costuma sair da fazenda mesmo, não é? Se você não ganha o concurso, sua carreira de Miss termina, pois não vai conseguir ganhar mais nada. Daí…

Enquanto falava, seu Pedroca arqueava as sobrancelhas peludas feito duas taturanas e fazia um gesto com um dedo médio esticado indo e vindo através de um aro formado pelo indicador e o polegar da outra mão.

– Seu Pedroca, eu não sei se estou entendendo bem… Você quer dizer que a segunda colocada… Enfim, a menina…

– Mulher fácil, Jorginho, a segunda colocada tem noventa por cento de chance de virar mulher da vida lá na casa da dona Mercedes do Brejão. Ora, você é novinha, bonita, gostosinha, mas não consegue ser Miss Daboa. O que você vai fazer da vida então?

– Eu acho que o senhor está enganado, não pode ser!

– Uai Jorginho, você duvida? Vai lá Mercedes e pergunta pras mulheres dela quantas já perderam o concurso de Miss Daboa. Daí você volta aqui e me diz!

– Mas que horror! Se já estava difícil escolher uma, agora ficou impossível! Como é que eu vou votar numa delas, sabendo que a outra tem noventa por cento de chance de… de… De terminar lá na Mercedes do Brejão?

– Ora, meu filho, não sei porquê todo esse drama, isso são coisas da vida! Pensa no lado positivo, você pode ir daqui há uns meses lá no Brajão que a perdedora, seja quem for, vai estar lá te esperando de pernas abertas!

– Mas seu Pedroca, me ajuda! Eu não posso condenar uma daquelas duas garotas a um destino ingrato desses! Em quem o senhor vai votar?

– Jorginho, o voto é secreto! Faz o melhor que você puder, seja lá o que for! De qualquer maneira, se você quiser compensar a perdedora, já sabe: Vai lá na Mercedes e deixa uns trocados para a pobre coitada!

– Mas seu Pedroca, isso é inaceitável!

– Deixa de ser bobo, Jorginho! A vida é assim, sempre foi, desde que a primeira Miss Daboa foi eleita! Ah… Camilona… Aquilo sim é que era mulher da pamonha gostosa!

– Seu Pedroca… Você se meteu com a primeira Miss daboa?

– Sabe como é, né, meu filho? Eu sou gerente de marketing, tenho lá meus privilégios…

Animado pelo scotch, seu Pedroca contou a Jorginho com direito a detalhes sórdidos de quando ele, aí pelas casa dos quarenta, desfrutou uma jovenzinha das redondezas chamada Camila, que veio a ser a primeira Miss Pamonha Daboa.

O fato é que a Miss eleita trabalhava diretamente com o departamento de marketing da pamonharia e, por isso, seu Pedroca não resistira à tentação e negociou seu voto com aquela menina. O preço pedido foi uma noite de prazer e seu Pedroca parecia ter um gosto mórbido em ressaltar que a mocinha aceitou aquilo meio a contragosto, tendo que submeter aos seus desejos mais insanos na cama só para conseguir levar o título.

E teve mais, a candidata que perdeu a final naquela ocasião, uma tal de Mercedes, veio a tornar-se bem conhecida entre os homens do local… Isso mesmo, ela era a famosa dona Mercedes do Brejão, que se tornou a dona da casa de tolerância mais famosa dali, inaugurando essa tradição perversa!

Essa era demais, Jorginho não podia aceitar, se ele tivesse que desempatar a coisa, viveria pelo resto da vida com o peso na consciência por ter praticamente jogado uma daquelas duas gostosinhas na sarjeta. E ainda por cima teria que aguentar o escândalo que a mãe da perdedora faria, ao ver que ele não tinha cumprido o acordo secreto.

Maldição, por que ele teve que se meter justamente com as mães daquelas duas garotas? E por que elas tinham que ser as duas finalistas? Mais ainda, por que o tarado do seu Pedroca não quis dizer em quem ia votar?

Naty ou Lina? Lina ou Naty? a quem ele teria que escolher caso tivesse que desempatar a disputa após os votos dos outros quatro jurados? Nem parece tão difícil assim, não é? Pois era, havia aí duas complicações terríveis.

Primeiro, inadvertidamente, Jorginho havia se enroscado com Silvia e com Madalena, as mães das tais garotas – e havia prometido seu voto às duas, o que o levava a temer um escândalo no desfile se tivesse que escolher uma filha em detrimento da outra. Para piorar, além de não ganhar o contrato com a Daboa, a garota que perdesse teria noventa por cento de chance de virar mulher da vida lá na casa da dona Mercedes do Brejão!

Dessa maneira, a preocupação de Jorginho agora não se resumia somente a evitar um escândalo de uma mãe enfurecida ao final do concurso, mas também passara a considerar que ele praticamente condenaria uma das duas belas jovenzinhas a um futuro ingrato. Justo quando Jorginho estava imerso nessas considerações, o segundo jurado do concurso estava chegando no saguão do hotel.

Seu Adamastor era gerente de produção da pamonharia e, assim como o seu Pedroca, era funcionário do Coronel Jorjão e jurado do tal concurso faz anos. O tiozão, na casa dos cinquenta, também tinha um rosto sincero e redondo com nariz de bolacha e um jeito bonachão que agradava a todos.

Ele vinha entrando todo fagueiro no Hotel, com um sorriso de orelha a orelha, quando Jorginho o interpelou e levou para o restaurante. Sentaram-se numa mesinha de canto e o rapaz pediu duas taças de vinho da casa, para então entrar no assunto da futura ganhadora do concurso.

– Seu Adamastor, eu estou numa fria. Preciso muito da sua ajuda.

– O que foi Jorginho? pelo amor do Céu, não me diga que você empenhou alguém, o seu pai te mata!

– Não, seu Adamastor, não é isso. Eu soube que a garota que perder o concurso amanhã… Bem… Soube que ela… Enfim, soube que tem noventa por cento de chance da garota terminar lá no puteiro do Brejão!

– O quê? Jorginho, quem te disse isso, rapaz? Não, nada disso!

– Ufa, ainda bem que falei com o senhor! Eu já estava aqui desesperado por ter que escolher uma delas e condenar a outra a um destino desses.

– Jorginho, a menina que perder não tem noventa por cento de chances de virar mulher da vida. Tem cem por cento! Eu garanto!

– Mas seu Adamastor, como você pode dizer isso? Elas são duas anjinhas, são lindas! Nenhuma merece um final assim só porque não ganhou a merda de um concurso!

– Jorginho, você não sabe o que está falando. eu sou juiz no Miss Daboa faz mais de quatro edições. A ganhadora vai se dar bem e a perdedora vai dar o rabo lá no Brejão. A culpa não é minha, nem sua. E, sinceramente, de anjinhas aquelas duas não tem nada!

– Uai, seu Adamastor! Como você pode estar tão seguro?

– Rapaz, eu acabo de pegar uma delas. Foi lá nos bastidores, depois da rodada de hoje. Eu nem precisei pagar, foi a garota que veio toda se oferecendo, vestida naquele biquininho. Aliás, parabéns, tu leva jeito pra escolher biquíni, foi um arraso!

– Mas… Mas… Seu Adamastor, isso é muito errado! Como você pôde comer uma das candidatas finalistas? Se o meu pai souber, ele te demite!

– Demite nada, Jorginho, abre o olho. Se o seu pai soubesse, era bem capaz dele ir lá querer chafurdar com a garota também. E, sinceramente, amanhã eu vou votar na garota que eu já peguei, só para agradecer a gentileza.

– Mas seu Adamastor, isso não é justo com a outra candidata! Ela vai terminar como mulher da vida só porque a outra deu a pamonhazinha antes?

– Meu filho, ela não deu para mim e só, aquilo não foi uma trepada simples. Aquilo foi a experiência mais alucinante que eu já tive! Aquele corpinho durinho nas minhas mãos, eu comendo ela de pé num cantinho dos bastidores, a garota rebolando a bundinha no meu pau e gemendo enquanto eu apertava aquele par de tetas… Aquilo foi o máximo!

– Mas seu Adamastor, você não sente culpa, porra? A outra menina vai virar mulher da vida tão novinha e você não tem sequer um remordimentozinho na consciência?

– Eu não, Jorginho. Total que uma delas eu já peguei e foi muito bom. Agora a outra, pelo visto, eu só vou poder pegar quando ela for parar na casa da Mercedes!

– Tá bom, eu já entendi. Você é um velho safado e isso não vai mudar. Pelo menos me diz qual das duas foi que você pegou, assim eu voto nela também e me sinto menos culpado pelo destino da outra.

– Nem pensar Jorginho, nem pensar! O Coronel Jorjão botou você de jurado por algum motivo – e eu é que não vou querer contrariar o velho influenciando seu voto! Nem pensar!

Mas essa agora, nem Pedroca, nem Adamastor, revelariam seus votos. Também, ambos eram funcionários antigos da pamonharia e muito fiéis ao Coronel, logo, morriam de medo de se meter com o filho dele.

Resignado, Jorginho voltou ao saguão de entrada e ficou folheando uma revista sem prestar nenhuma atenção. Ainda faltavam dois jurados, duas oportunidades dele descobrir ao menos se a votação iria ou não correr o risco de empatar e dele ter que dar o voto de minerva.

Quase não percebeu quando o Chicão da Pamonha entrou lá com as botinas sujas, a calça mal ajambrada e sua tradicional camisa xadrez, parecendo um capiau qualquer, quando na verdade era sócio minoritário da pamonharia e inventor da receita que levou à fábrica ao sucesso. Era ele, o terceiro jurado com quem Jorginho precisava falar.

Chicão era conhecido por ser meio caladão e ingênuo, mas era sujeito homem e todo mundo sabia que não levava desaforo pra casa, logo, não devia nada nem temia o Coronel. Se conduzisse bem as coisas, o rapaz terminaria fazendo-o confessar o voto.

– Chicão, meu velho, só chegou agora? Você demorou, hein?

– Oi Jorgin, tudo bão? Eu demorei porque tinha pamonha sobrando lá no concurso, então tava comendo uma.

– Só você mesmo, Chicão, Tem grana pra comer filé e fica comendo pamonha grátis!

– Sabe como é, Jorgin, eu num desperdiço nada, inda mais ser for pamonha! Passei a noite desejando comer uma.

– Sério? A Gente ficou horas vendo um monte de garota gostosa de biquini e você estava pensando nas pamonhas?

– Homi, mas se é disso que eu tô falando! Eu tava esperando acabar o tal desfile pra comer a pamonha de uma das tal garota gostosa!

– Peraí, Chicão… Você está me dizendo que comeu uma das candidatas?

– Ô Jorgin, mas você é meio devagar mesmo, né? Cê achou que eu tava falando das pamonha de milho verde?

– Eh… Achei.

– Mas essa é boa! Jorgin, eu posso comer dessa pamonha o ano inteiro! Eu tô falando é da outra pamonha, rapaz, daquela que as garota tem entre as perna!

– Mas Chicão, logo você fazendo uma barbaridade dessas? Você é jurado, não pode comer a pamonha das candidatas!

– Jorgin, eu sou sócio da pamonharia. Como a pamonha que eu quisé. E se a dona da pamonha veio de biquinin querendo dá a pamonha pra mim, por que eu ia negá? Sabe como é, eu nunca dispenso nada!

– Mas… Você está dizendo que uma das finalistas veio sem mais nem menos se oferecendo pra você?

– Jorgin, eu tava sentado lá esperando pra ver o que acontecia, tinha combinado com a tal de Neidinha pra devorá a pamonha dela…

– Ah, então você pegou a Neidinha? Foi ela?

– Não, Jorgin, ela foi eliminada e azedou a pamonha, hômi! Mas aí apareceu uma ôtra garota das que ficaram, ela veio naquele biquinin pequeninin que cê escolheu, toda saborosinha, ficô falando com vozinha baixinha, se ajeitô no meu colo, puxou meu trem pra fora das calça e deu a pamonha pra mim. O que eu ia fazê? Eu comi, né?

– Sei, sei. Aposto que você prometeu votar na tal garota em troca da pamonha!

– Prometi nada não, Jorgin, ela deu porque quis. Mas com uma pamonha molhadinha e macia daquelas, é claro que eu vou votá nela. Já pensou? Se ela ganhar, eu vou poder me deleitar com aquilo por quatro anos!

– Chico, eu não consigo acreditar nisso tudo! Quer dizer, é muita baixaria!

– Baixaria nada, Jorgim. Quem fazia baixaria pra valê era a tal da Camilona, a primeira Miss Daboa. Ah, aquilo sim é que era muié da pamonhona gostosa!

– Tá bom então. Olha, se você me disser qual das duas era, ao menos eu posso dar uma mãozinha e votar nela também, só pra você garantir o abastecimento de pamonha.

– Jorgin, cê tá achando que eu sou burro? Cê tá de olho é na minha pamonha, hômi!

– Não, Chicão, não é isso! Eu só quero ajudar!

– Não sinhô, se quiser comer pamonha também, vai lá na casa do Brejão e arranja uma procê! É mais, a essa altura a tal da Neidinha gostosinha já deve até estar dando por lá! Rapaz, aquela garota deve ter um pamonhão delicioso, igual ao da Camilona!

Mas essa agora, nem o Chicão da Pamonha queria entregar o voto a Jorginho.

Ele nem chegara a abordar o último jurado e sua estratégia de garantir votos para uma mesma candidata havia ido pelo ralo. Ao não saber em quem os três primeiros votariam, ele não poderia antecipar o resultado – e, pior ainda, Pedroca, Adamastor e Chicão haviam dito que já haviam escolhido alguém e não estavam dispostos a mudar, se necessário fosse.

Lina ou naty? Naty ou Lina? Quem iria ser coroada Miss Pamonha Daboa e se dar bem? E quem iria ser condenada a desistir da carreira de miss e ter que ir trabalhar lá na nefasta casa da dona Mercedes do Brejão?

Fonte e creditos: mrbayoux.wordpress.com

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