Dias cinzentos

  • 22 de Junho, 2024
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Conto erotico: Dias cinzentos. Desde sempre aprecio os dias cinzentos ou mesmo chuvosos acompanhados por temperaturas frias que exigem um pouco mais de cuidado com as roupas; talvez seja porque tenha alguns rompantes depressivos dias como esses me são atraentes; no ano passado apreciei alguns dias assim quando da minha estada em Amsterdã para participar de um evento voltado para fontes de energia renováveis; é claro que sobrou tempo para aproveitar a estadia e dar um passeio pela cidade; a tardinha decidi perambular pela “Red Light District”, e me surpreendi com a variedade de opções disponíveis; para quem quiser saber mais sobre essa área pitoresca da capital da Holanda, sugiro sites relacionados ao tema.

As enormes janelas exibem mulheres, travestis e gays que além da ostentação de sua nudez, também simulam gestos e movimentos erotizantes para chamar a atenção do público que naquela hora não era lá muito volumoso e bem pouco interessado; fiquei por ali apreciando aquele espetáculo que para muitos pode parecer bizarro ou burlesco, mas que contém uma certa ironia social que em países latino-americanos provavelmente receberia contundente repulsa sendo evidente que os europeus não pensam da mesma forma. Como era um dia bem frio e nebuloso me preparei para voltar ao hotel que ficava bem afastado do centro quando ouvi uma saudação em minha língua; olhei para trás e vi um rapaz de uns vinte e poucos anos acenando com um sorriso nos lábios; sem perda de tempo ele comemorou o fato de ter encontrado um conterrâneo.

Em breve apresentação sem rodeios ele disse se chamar Igor, filho de imigrantes russos criado no meu país e agora cidadão do mundo; conversamos um pouco e ele insistiu para que fossemos a algum lugar tomar um café ou um capuchino para assim nos conhecermos um pouco mais; como não tinha nada mais a fazer acabei aceitando e ele me levou para um recanto fantástico onde serviam incríveis variedades de café. “Eu comecei como imigrantes e acabei como cidadão! Tudo graças ao sobrenome e também ao meu esforço pessoal …, hoje me sinto realizado!”, arrematou ele quando perguntei como chegara até a Europa. Enquanto conversávamos eu observava Igor com um olhar analítico; como observei ele tinha vinte e cinco anos, bem apessoado, gentil com um certo ar de sofisticação e um aspecto visual encantador, além de, é claro, de sua conversa envolvente.

-Lá no distrito …, você estava procurando alguma coisa em especial? – perguntou ele a certa altura sem esconder o tom de curiosidade.

-Na verdade, não …, estava apenas para conhecer – respondi sem rodeios – eu já estive aqui antes e aquela região me atrai não apenas pela conotação, mas também pelo aspecto de sóbria decadência!

Ambos acabamos rindo do meu comentário e Igor exibiu um olhar enigmático e um pouco instigante; pedimos mais um café varietal e retomamos a conversa comigo devolvendo a mesma pergunta que recebera. “Estou sempre a procura de novas experiências …, novas sensações …, algo bem estimulante, se é que você me entende!”, respondeu ele com uma ponta de marotice.

-Na verdade, não entendo – redargui fingindo desconhecimento – o que um rapaz jovem e bonito como você pode encontrar naquele lugar que seja estimulante?

-Tive alguns negócios ali e hoje em dia colho apenas os dividendos – respondeu ele com um tom blasé ensaiado – então você pode concluir que não encontro nada ali que seja estimulante …, exceto você mesmo!

A resposta me pegou de surpresa, pois não esperava ouvir algo tão direto e ao mesmo tempo tão intrigante; notei o sorriso cheio de intenções iluminando o rosto de Igor como se ele tivesse absoluta certeza de que me conhecia o suficiente para saber de minhas preferências. Houve um silêncio desconfortável para mim estando em desvantagem diante daquele rapaz que parecia saber muito bem o que esperava daquele encontro.

-Venha comigo! Vamos para um lugar mais discreto! – disse ele com tom resoluto já pagando a conta e se levantando.

Desnorteado e também excitado me pus de pé e passei a acompanhá-lo com discrição; voltamos ao distrito e lá ele entrou em uma daquelas “lojas” já me segurando pela mão; ele conversou alguma coisa com o atendente atrás do balcão estendendo algum dinheiro em sua direção e recebendo uma espécie de chave; avançamos para os fundos chegando a um corredor onde em ambos os lados haviam várias portas enfileiradas; paramos diante de uma e Igor girou a chave na fechadura abrindo-a e me convidando a entrar. Assim que fechou a porta Igor me prendeu pela cintura colando sua boca na minha enfiando sua língua que passou a fazer deliciosas estripulias que logo me deixaram muito excitado, derrubando a pífia resistência ensaiada que eu procurara manter até aquele momento.

Dominado pelo tesão enlacei o rapaz deixando que sua boca ávida fizesse o que bem quisesse comigo; após uma tórrida e impulsiva sequência de beijos luxuriosos, Igor afastou-se e abriu as calças pondo para fora seu pinguelo já bem enrijecido; olhei para a ferramenta examinando-a com atenção e não contive o ímpeto de me pôr de joelhos cingindo a pistola com uma das mãos avaliando suas dimensões e dureza; Igor tinha um membro de tamanho mediano não muito grosso, mas dotado de uma glande proeminente que pulsava diante de meu olhar estupefato.

Antes mesmo que ele pedisse ou exigisse alguma coisa, eu fiz aquela suculência desaparecer dentro da minha boca, ora sugando, ora lambendo sem perder a oportunidade de uma degustação tão oportuna ao som dos gemidos roucos de Igor que mostrava-se prostrado diante de minha habilidade oral; me apeteci mamando a piroca dele e não dei trégua até notar seu corpo tremelicando e sua ferramenta pulsando abusada dentro de minha boca culminando em um gozo profuso que exigiu de mim um grande esforço para engoli-la sem desperdiçar uma única gota mantendo a piroca ainda um tanto rija dentro de minha boca apreciando a sensação indescritível de seu amolecimento lento e gradual.

“Hummm, que delícia! Me diga onde está hospedado para continuar o que começamos aqui”, perguntou ele sem cerimônia fitando minha expressão aturdida e sem rumo. Acabei revelando que estava em um hotel que ficava um pouco distante do centro da cidade e ele quis saber se poderíamos ir para lá naquele exato momento; fiquei um pouco pensativo e temeroso, já que a hospedagem ficara ao encargo de uma das empresas para quem eu dava consultoria, porém naquela altura da situação não havia espaço para recuos. E em alguns minutos estávamos dentro de um trem de superfície em direção ao hotel.

Passamos discretamente pela recepção já que eu levara o cartão de acesso do meu quarto quando saíra e mal nos controlamos no caminho atravessando o jardim e a piscina avançando em direção aos quartos por se tratar de um hotel horizontal. Após fechar a porta voltei-me para dentro e fiquei observando Igor despir-se com gestos medidos e provocantes ao mesmo tempo em que me fitava como uma expressão repleta de luxúria. Ao vê-lo nu fiquei perplexo com sua beleza viçosa dotada de uma musculatura apolínea e exuberante; olhando para ele eu não conseguia compreender o que um jovem como aquele vira em um homem como eu, bem mais velho, gordo e sem atrativos e cheguei a ponderar a possibilidade de que tudo não passasse apenas da realização de alguma fantasia ou fetiche de sua parte.

Não consegui permanecer inerte envolto em pensamentos, pois Igor logo veio em minha direção fazendo com que também eu ficasse nu permitindo que ele me examinasse com uma expressão enigmática; alguns minutos depois ele me tomou pela mão e juntos fomos para o quarto onde ele me fez deitar sobre a cama vindo sobre mim até que seu membro rijo e pulsante estivesse ao alcance de minha boca; não perdi tempo com devaneios inúteis e tomei aquele pinguelo vibrante em minha boca desfrutando de uma mamada de voraz expressividade deleitando do olhar lânguido de Igor que vez por outra gemia semicerrando os olhos e jogando a cabeça para trás em uma clara demonstração do prazer que usufruía com minha habilidade oral.

Prossegui em meu intento com vigorosa dedicação esperando sorver o néctar do macho em minha boca, sem saber se essa também era a sua intenção; e logo me foi revelado que Igor tinha algo mais em mente, pois em dado momento separou-se de mim fazendo com que eu girasse o corpo deixando meu traseiro a sua disposição; vibrei e gemi a sentir suas mãos fortes separando minhas nádegas ao mesmo tempo em que ele metia sua língua no rego lambendo toda a região com especial atenção ao meu brioco que piscava a cada toque mais profundo que recebia; depois de deixar a região bem lambuzada com sua saliva Igor começou a usar os dedos para pressionar o buraquinho e quando dei por mim ele já tinha enfiado o dedo médio em seu interior chuchando enfaticamente causando em mim enorme alvoroço entre gritos e gemidos de tesão.

Pouco depois o abusado meteu mais um dedo alargando um pouco mais o orifício e fazendo movimentos que simulavam uma penetração deixando-me completamente alucinado com a excitação vibrando em meu corpo por meio de arrepios e espasmos involuntários; Igor divertiu-se o quando pôde com meu buraquinho e logo depois de dar-se por satisfeito ele me puxou até que eu ficasse de quatro sobre a cama pedindo que afundasse o rosto em um travesseiro e elevasse o traseiro deixando-o bem arrebitado.

“Você tem um bunda enorme e suculenta! Como eu imaginava!”, comentou ele enquanto castigava minhas nádegas com tapões vibrantes e sonoros deixando-me num estado de excitação arfante e estremecedor; e logo depois que o pequeno castigo cessou pude sentir a glande passeando pelo meu rego indicando que a curra tornava-se inevitável; quando Igor deu o primeiro golpe eu senti um arrepio correr a espinha e quando ele tornou a socar fui tomado por uma comoção ocasionada pela invasão de meu orifício pelo bruto rijo de meu parceiro que quedou-se inerte por alguns segundos apenas para que ambos pudéssemos desfrutar daquela experiência sensorial que causava um amalgama de dor, tesão, ansiedade e expectativa que somente podia ser superada pela continuidade da cópula.

Atormentado pelo desejo incontrolável de ter aquele mastro viril dentro de mim, ginguei o traseiro implorando para que Igor prosseguisse a me foder como merecido recebendo como reação mais alguns sonoros tapas nas nádegas antes que ele retomasse meu empalamento com socadas vigorosas e resolutas que somente cessaram quando senti suas bolas roçando meu rego testificando que eu estava submetido ao domínio viril do macho rompendo meu buraquinho deixando-o dolorido e laceado; embora a dor ainda persistisse de uma forma muito incômoda que não demonstrei a intenção de recuar tornando a gingar meu traseiro desafiando Igor a me dar a merecida fornicação que nos trouxera até aquele momento.

Após mais alguns tapas em minhas nádegas que já estavam quentes Igor começou a socar sua ferramenta em meu brioco, sacando e enfiando com movimentos pélvicos veementes e profundos, ampliando num primeiro momento a sensação dolorosa que tomava conta de mim até ganhar um ritmo no qual o prazer conseguia suprimir dolência física elevando o momento a um novo patamar em que o júbilo mental somava-se ao carnal transformando-se em uma experiência deliciosamente alucinante na qual não existiam limites ao pleno desfrute que me permitia servir e também me usar do momento delirante entre dois amantes que acabaram de se conhecer e já se entregavam de corpo e alma alheios a tudo que tinha menor importância.

Igor socava com imenso vigor sempre mais cadenciado e mais fundo aproveitando-se da situação para estapear minhas nádegas que eu sentia ardentes e um pouco doloridas muito embora isso não tivesse a menor importância diante do que usufruíamos sobre aquela cama; por um bom tempo ele fustigou meu anelzinho impiedosamente e de minha parte mesmo pressentindo uma dor que crescia lentamente eu me mantinha firme, pois não tinha a menor intenção de decepcioná-lo lhe concedendo uma foda para ser relembrada muito tempo depois; nossas peles já estavam embebidas em suor profuso e ainda assim resistíamos até o limite de nossos corpos ardentes.

E houve um momento em que eu pude experimentar uma gozada veemente logo depois do meu membro pulsar forte acabando em uma deliciosa e arrepiante ejaculação que me fez tremelicar descontroladamente; percebendo isso meu parceiro golpeou com mais ênfase denotando sua clara intenção de me preencher com seu sêmen. Finalmente e sem aviso Igor intensificou muito mais seus movimentos com enérgicas socadas o que resultou em sua derrota fisiológica, retesando os músculos e vibrando com seu membro inchando e pulsando dentro de mim até culminar em um gozo tão abundante que transbordou pelas bordas do meu brioco arrombado escorrendo pela parte interna das minha coxas provocando arrepios e espasmos involuntários.

Ainda tive energia suficiente para forçar uma contração esfincteriana, aprisionando o bruto dentro de mim forçando seu emurchecimento lento e gradual redundando em uma reação de meu parceiro apertando minhas nádegas e esforçando-se para sacar sua pistola de dentro de mim; ambos acabamos por desfalecer sobre a cama exaustos e ofegante sendo que eu acabei adormecendo logo a seguir; fui acordado com mãos fortes apertando minhas nádegas e dedos fuçando meu rego como querendo examinar o resultado final do empalamento a que fora eu submetido. De súbito, Igor deu um salto em me convidou para um banho e dentro do box debaixo do chuveiro ele começou a beliscar e mordiscar meus mamilos enquanto usava uma de suas mãos para juntar nossos membros ainda flácidos iniciando uma esfregação que logo evoluiu para uma punheta com a benga dele apresentando claros sinais e renascimento.

Quando dei por mim, estava de joelhos com ele esfregando sua piroca em meu rosto antes de metê-la dentro de minha boca ensejando que eu lhe concedesse uma mamada o que aquiesci com muito prazer; houve um momento que ele tentou transformar minha boca em uma gruta, segurando minha cabeça e simulando uma sequência de golpes contundentes chegando a agredir minha glote, o que me levou a reagir tomando suas bolas em uma das mãos e apertando-as com certa ênfase até causar alguma dor que o levou a cessar com aquela tentativa que pouco me agradava; retomei a mamada com voluptuosa eloquência e somente me dei por satisfeito quando obtive êxito em fazê-lo atingir seu ápice afastando minha boca o suficiente para que ele banhasse meu rosto e peito com a carga de esperma renovado.

Mais tarde saímos para jantar e ele fez questão de me levar a um restaurante russo pertencente a um amigo onde saboreamos uma deliciosa sopa de beterraba e um estrogonofe divino com Igor apreciando alguns shots de vodca enquanto eu me limitei a uma taça de vinho; na saída caminhamos a esmo pela noite de Amsterdã e acabamos sentados em um banco próximo a um dos canais. Nos despedimos com a promessa de um reencontro que aconteceu dois dias depois, justamente no último dia da minha estadia na cidade; foi um encontro tórrido e intenso, com Igor me fornicando como se não houvesse amanhã ou ainda como se jamais houvesse um amanhã para nós. De madrugada ele me pôs de frango assado sobre a cama e veio com sua pistola me penetrando sem preliminares erguendo e flexionando firmemente minhas pernas na altura dos joelhos empurrando-as provocando um certo desconforto que me fez perceber um toque de dominação em seus gestos rudes e por algumas vezes até grosseiro. No final ele amenizou a cópula até me inundar com seu esperma quente e espesso.

No fim de tudo trocamos dados para mantermos contato, porém após algumas parcas mensagens tudo emudeceu; não guardei mágoa, muito menos decepção por conta do nosso distanciamento, mas sempre que vejo dias cinzentos ou chuvosos a imagem dele me vem a mente sobre as possibilidades que um reencontro nos proporcionaria e acabo me masturbando puxando da memória trechos de nosso idílio; muito tempo depois ele veio para cá e enviou uma mensagem afirmando que gostaria que nos encontrássemos para, segundo ele, “tirarmos todo o atraso”; confesso que achei aquilo vulgar em demasia e simplesmente não respondi a mensagem evitando me decepcionar com o que poderia acontecer …, prefiro me lembrar dele como um dia cinzento e chuvoso onde saboreando um café expresso me apeteço de lembranças de algo que naquele contexto valera a pena; deste modo não deixo espaço para arrependimentos ou frustrações.

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