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O Garoto e o saxofone [1]

  • 7 de Setembro, 2024
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Créditos/Fonte: Um conto erótico de Marlon

Eu tenho vinte e um anos e na época eu tinha dezessete.

Ou seja, não faz muito tempo quando tudo aconteceu.

Na verdade, eu nem sabia que era gay e hoje, me vendo como vejo, acho até estranho não ter tido o conhecimento disso antes.

Mas isso não importa agora. Pelo menos não agora como estou.

Mas comecemos pelo começo.

Dezessete anos, esperando o resultado do vestibular de Marketing e Propaganda.

Eu estava doido para passar. Eu já amava o curso antes mesmo de cursá-lo e queria muito entrar numa boa universidade. Meus pais tinham muita esperança em mim, pois sempre fui bom aluno.

Meus amigos todos já davam como certa a minha aprovação, mas ninguém torcia mais que a minha namorada, Laís. No dia do resultado, tivemos uma conversa:

– Me prometa que você não vai mudar comigo – disse ela, aflita.

– Por que eu mudaria?

– Porque a faculdade sempre muda as pessoas, eu sei, eu faço uma, esqueceu?

– Não vou mudar. Quer dizer, se for para melhor, eu mudo, é claro. Mas por que você está tão aflita?

– Porque eu te gosto muito e não quero te perder.

– Bobinha – disse eu sorrindo – Você não vai me perder!

(…)

O resultado saiu. Passei.

Foi um dos dias mais felizes da minha vida. Laís também estava feliz, é claro, mas sempre apreensiva.

Eu ainda não falei muito de mim.

Sou moreno claro, olhos castanho-claros, cabelo liso. Sou alto, 1,80.

Sempre joguei bola, mas minha paixão mesmo é o vôlei, então, dá para entender que o meu corpo é firme, mas também não é malhadão de academia. Sou muito simpático, mas também muito machão. Quer dizer, eu era muito machão, metido a homemAté então eu nunca havia me interessado por nenhum garoto (e olha que rapaz bonito e interessante ao meu redor não falta), mas nunca notei a minha sexualidade como observo hoje. Eu lembro que na época em que passei no vestibular, muitos dos meus amigos machões riam de mim e diziam que no curso que eu tinha escolhido fazer sempre tem muito gay. Diziam eles que, de tanto contato físico com eles, eu acabaria me “infectando com a boiolice”.

Claro que medo de me “infectar” eu não tinha, mas tinha medo de só ter gays e ser o único hétero do lugar. Isso me apavorava.

Vitor, um dos meus melhores amigos na época, dizia que isso era bom, pelo menos, segundo ele, eu não teria concorrência para pegar as meninas. Mas nunca tinha traído a Laís, sempre fui muito fiel e achava horrível quando os meus amigos machões faziam isso. O interessante é que eu tinha apenas dezessete e namorava uma garota que já estava na faculdade. A Laís era mais velha que eu cerca de dois anos.

Na faculdade tinha muita menina. Mais meninas que meninos e alguns desses meninos já davam indícios de que eram gays de fato, mas não eram maioria.

Por sorte, havia muitos caras héteros também.

Um deles era o Caio.

O Caio era o mais simpático de todos da sala e ao mesmo tempo o mais tímido.

Como isso é possível não sei, mas ele tinha o poder de ser agradável aos olhos de todos. Era sempre amigo, companheiro, entrosava os mais tímidos com os mais animados e, por causa dele, ficamos conhecidos como a primeira turma do curso sem panelinhas. Era incrível como ele cativava a todos.

Vou descrever o Caio:

Ele tem um sorriso lindo, todos os dentes brancos e pequenos. Uma boca pequena e rosada. Bem branquinho, de rosto liso, sem qualquer sinal de barba. Cabelos castanhos claros, mais claros que os meus e olhos parecidos com os meus, só que os dele eram maiores. O cabelo é liso e com franja. Ele é um pouco mais baixo que eu e bem mais magro, mas não esquelético, só não tinha músculos.

Ele tinha um certo charme intelectual e uma voz agradável de se ouvir. Ele quase não tem sotaque algum.

Não sei, mas ele me conquistou. Claro, ainda não sabia que era gay, mas gostava da presença do Caio. Todos, inclusive.

No primeiro dia de aula, ele foi o primeiro a se apresentar porque não havia ninguém na minha sala com nome que comece com as letras A e B. Logo, ele com a letra C estampando o início do nome, é que deveria começar.

O professor disse:

– Se apresente, diga sua idade, o porquê de ter escolhido esse curso e qual seu maior sonho.

– Quantas perguntas hein?

Era o primeiro dia de aula e ele solta essa piadinha boba. Não era uma piada digna de boas gargalhadas, mas estávamos todos tensos. Qualquer coisa fora do comum nos arrancaria risos e foi o que aconteceu. O professor logo disse:

– Bom, o palhaço da turma nós já temos.

– Temos nada! – se defendeu o Caio – Sou muito tímido.

– Estamos vendo a sua timidez – brincou o professor – Agora deixe de enrolar e responda.

– Tá. Bom. Meu nome é Caio, nada de chamar de Cacá, Cacazinho, Cacazito, ou outro diminutivo qualquer. Para os íntimos, pode chamar de Cá, tá bom? Tenho dezessete, ou seja, nada de bebidas ou coisas ilícitas na minha frente. Se chegar em casa doidão, vou dizer que a culpa é de vocês. Escolhi esse curso no dia da matrícula, fechei os olhos e botei o dedo em cima de um curso qualquer. Estava torcendo por Medicina ou Direito, mas deu esse mesmo…

Antes de ele terminar de responder as perguntas do professor, ele já arrancava risos de todos. Mas ele continuou:

– Mentira, é claro! Sempre quis fazer esse curso porque gosto da área e me acho super criativo. Minha mãe também me acha super criativo, mas não dá para confiar muito em mãe, né? E meu maior sonho é tocar saxofone.

– Saxofone? Por quê? – perguntou o professor.

– Ah, acho o som do sax muito atraente, me lembra cenas de sexo de novela das oito.

Outra vez ele fazia todos rirem. Sem dúvida ele já era o aluno mais popular da turma.

– Brincadeirinha! Gosto de sax porque acho o instrumento muito bonito e difícil.

Todos foram se apresentando, até que chega a minha vez.

– Bom, sou o Marlon, também tenho dezessete. Escolhi esse curso porque gosto muito, sempre quis e meu maior sonho é escalar o Everest.

– Caramba, o Everest? – perguntou o professor – Nossa, você é corajoso hein?

Fiquei todo sem graça na hora, mas foi bobagem. Na verdade queria dizer qualquer coisa para me livrar logo daquela tortura.

Depois das apresentações, o professor falou um pouco do curso e da matéria que ele iria nos ensinar durante o semestre.

Depois disso, o Caio não falou mais. Ele realmente era tímido, mas já tinha feito amigos e isso o deixou mais solto. Ali, naquela sala, não havia ninguém que não quisesse ser amigo do Caio.

Ninguém, inclusive eu.

Fiquei impressionado com ele, com o jeito simples que ele tinha e o talento de deixar as pessoas à vontade.

Ele era muito fofinho. Tinha uma beleza incomum. Ele tinha a aparência de um nerd, era despojado e se vestia bem. Ficava quietinho e prestava atenção em tudo que todos diziam.

Mesmo ele ficando caladão depois da apresentação, ele já tinha conquistado a todos, então, ninguém o deixou em paz depois disso. Qualquer piadinha que surgia, as pessoas olhavam para ele, para ver se ele não diria algo mais engraçado ainda. Bom, quase sempre ele dizia, mas outras vezes ele só ria como todos naquela sala.

A semana se passou e todos já estavam mais à vontade; menos eu. Principalmente porque ainda não tinha conseguido me aproximar do Caio, para a gente trocar uma ideia, conversar e fazer amizade. Ele sim era um amigo que valia a pena ter.

Na semana seguinte já estava preocupado de não ter conseguido me aproximar do Caio. Era estranha demais essa sensação. Ninguém nunca tinha me provocado isso. E justo um menino.

Mas disse para mim mesmo que teria calma que uma hora ou outra a gente se esbarraria. E foi o que aconteceu. Fui ao banheiro e, sem querer, me esbarrei nele.

– Putz, cara, você está bem? Desculpa, não te vi. – disse, todo aflito por ter machucado o Caio.

– Não, cara, relaxa, você só encostou em mim.

Ele ficou me olhando nos olhos e começou a franzir a testa.

– Você não estuda comigo? – perguntou ele.

– Estudo, estudo sim – respondi sorrindo.

– Você é o.. é o Marlon. Acertei?

– Acertou.

– Ah, vai fazer o seu número um ou número dois? Eu aqui te empatando…

– Hahahaha, imagina, nem estou apertado.

– Bom xixi ou cocô para você! – disse o Caio saindo.

Fiquei tão feliz por finalmente ter falado com ele! E ele, por sua vez, foi muito agradável comigo. Isso só me fez ficar mais fã do Caio.

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Vou repostar esse conto! Ele tá no top5

Acho que vai da em torno de uns 40 capítulos

Tem grandes emoções! E vamos lá!

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